As alterações causadas pelo degelo no Ártico

04-03-2015 14:36

Aqui já existiu uma placa de gelo. Agora, é este o cenário, a demonstração da revolução que o planeta Terra está a sofrer.

Os cientistas dizem que, nos próximos dois séculos, o degelo na Antártida pode aumentar, até mais de 3 metros, o nível das águas do mar em todo o mundo o que levará a alterações nas costas densamente povoadas.

A NASA calcula que, desde 2004, a Antártida perdeu 130 mil milhões de toneladas de gelo, por ano:

“97% da península da Antártida ainda está coberta por gelo, não é que esteja tudo a derreter e que tudo vá desaparecer, de repente. A questão é que mesmo que derreta uma pequena parte do gelo isso contribui, significativamente, para o aumento do nível das águas do mar”, explica Peter Convey, do British Antarctic Survey.

A bióloga chilena Angelica Casanova, que visita a Ilha Robert, na Antártida, desde 1995, apercebe-se das mudanças. As plantas estão a criar, cada vez mais, as raízes na terra e pedra, resultado do degelo:

“Como sabemos a Antártida tem sido o lugar que tem registado os maiores aumentos de temperatura. Tivemos um aumento de, aproximadamente, 3 graus nos últimos 50 anos. Acreditamos que estas plantas são excelentes indicadores das alterações climáticas e, sobretudo, do aquecimento global, porque elas demonstram, com precisão, as mudanças”.

Os cientistas já viram a Antártida como um todo em equilíbrio. Agora, em dois estudos diferentes, utilizam as palavras “irreversível” e “imparável”.